O governo alega que os cigarros eletrônicos de uso único incentivam “maus hábitos” entre os jovens e são prejudiciais ao meio ambiente, portanto, o parlamento francês apoiou uma moção para proibi-los.
A medida ainda requer aprovação da Comissão da UE e o apoio dos senadores da câmara alta da França. A Assembleia Nacional votou a favor dela por unanimidade na noite de segunda-feira.
Os jovens gostam de usar cigarros eletrônicos descartáveis e baratos que vêm pré-carregados; na França, eles são chamados de “puffs”. Eles podem conter muita nicotina e estão disponíveis em diversos sabores.
Segundo o ministro da saúde francês, eles servem como uma porta de entrada para uma séria dependência.
O Deputado que apresentou a proposta de legislação em novembro do ano passado afirmou: “Eles são incrivelmente acessíveis, atraentes em seus sabores frutados e doces, e fáceis de esconder dos responsáveis devido ao seu tamanho reduzido”.
De acordo com o co-patrocinador do projeto de lei, a Academia Nacional de Medicina da França classificou os vaporizadores descartáveis como uma armadilha enganosa, especialmente para os jovens.
A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, endossou a resolução, que recebeu o apoio de todos os 104 membros do parlamento presentes. Borne havia pedido a proibição dos dispositivos de vaporização de uso único em setembro, acusando-os de instilar “hábitos destrutivos” nos jovens.
Os deputados criticaram os efeitos ecológicos dos cigarros eletrônicos descartáveis, referindo-se a eles como um “desastre ambiental” por Rousseau.
O projeto de lei, parte de uma iniciativa governamental mais ampla contra o tabagismo, será apresentado ao senado para ratificação. A Comissão da UE deve, então, dar o aval, e eles decidirão especificamente se uma proibição seria uma reação “proporcional” ao problema.
O governo afirmou que espera que a proibição entre em vigor até setembro de 2024, se receber a aprovação da comissão.
A campanha francesa contra os cigarros eletrônicos de uso único foi lançada há dois anos; Alemanha e Irlanda já tomaram medidas semelhantes.